Já chegam tarde esta semana, mas não tenho net na minha casa no Algarve e não sou grande fã de ciber-cafés. Mas cá estou eu mais uns diazitos e para recomeçar nada melhor que as escolhas desta semana, que já deviam ter sido feitas à 2 dias. Esta semana temos um álbum de estreia e filme com uma estreia na escrita e na realização.
Flipsyde - We The People
Quando os vi no Super Bock Super Rock, não fazia ideia de quem eram e estava sinceramente à espera de um concerto secante, mas fiquei agradavelmente surpreendido. Com um Dj e um Mc (talvez o elemento que dá mais personalidade à banda e aquele que é melhor naquilo que faz), a dar o ar de Hip-Hop à banda, mas depois com dois guitarristas, um dos quais também vocalista, a puxar a cena mais para o rock. Revolucionários nas letras e energéticos nos sons, resultando tudo isto numa mistura sem dúvida muito interessante e que vale a pena conhecer. Não sei bem porque, mas a mim só me faz lembrar o Will Smith e o Martin Lawrence numa cena qualquer do Bad Boys. Este é o primeiro álbum deles e foi lançado esta segunda-feira.
House of D
Este filme não foi lá muito bem recebido pela crítica americana, mas este é daqueles filmes em que a maior parte das pessoas vai ter uma reacção algo extrema, ou adora ou detesta. Eu confesso que apesar de ser um enorme fanático dos X-Files, sempre tive (e tenho) alguns receios em relação ao David Duchovny fora da série. Mas este filme veio mudar as minhas expectativas. Descansem aqueles que não gostam do Sr. Duchovny que este não aparece durante a maior parte do filme, servindo de narrador, Mas surpreendeu-me mais ainda ser escrito e realizado por ele, que tirando uns poucos episódios de X-Files nunca tinha escrito ou realizado nada. De notar são as excelentes prestações de Robin Williams e também do muito promissor Anton Yelchin, que são a meu ver a principal razão para se adorar este filme.
É o estado deste blog ao longo desta semana. Até passou a data em que este espaço fez um mês de vida e eu nem me dignei a fazer um só comentário. Vergonha.
Infelizmente também não vai ser este fim-de-semana que isto vai recuperar o ritmo, visto que eu vou para o Algarve daqui a umas horas. Estou de volta lá para quarta-feira. No entretanto divirtam-se na minha ausência.
Já agora, visto que estamos quase a atingir os 1000 hits nesta página, era fixe se notassem se são vocês o visitante nº 1000. Será quem vir no contador "999", visto que a adição é só feita depois do load do contador, mas se tiverem ai "1000" fingem que são vocês e pronto.
Pela 1ª vez escolhi um álbum que não saiu esta semana. Vou aproveitar as semanas em que não houverem álbuns ou filmes a sair que me interessem por ai além, para falar de outros que já tenham saido há mais tempo. Aqui estão as escolhas desta semana:
Margarida Pinto - Apontamento
Margarida Pinto, ex-Coldfinger, estreia-se a solo com este álbum. E que estreia. Uma mistura de Pop-Rock com Jazz com uma forte componente vocal. Uma voz que consegue transmitir sentimentos a cada variação de tom, mesmo sem estarmos atentos ao que é dito. As letras, por sua vez, resultam todas elas em perfeitos poemas, sendo que 3 delas o já eram, visto serem da autoria de Fernando Pessoa e do seu heterónimo Álvaro de Campos. Mas a música que envolve a poesia também não pode ser vista como apenas uma forma de transformar os poemas em canções. É sem dúvida um dos elementos fundamentais deste trabalho. Com composições que fogem ao que estamos habituados a ouvir, e uma voz muito "fofinha", temos sem dúvida um dos trabalhos mais originais e bem conseguidos dos últimos anos.
War Of The Worlds
É um bocado difícil de falar de um filme que toda a gente sabe do que se trata e já conhece de alguma forma. Temos então o regresso de Steven Spielberg à ficção científica, depois de Minority Report, também com Tom Cruise. (É engraçado que os últimos 4 filmes de Spielberg foram sempre com Tom Cruise ou Tom Hanks). Depois como responsável pela banda sonora temos John Williams, que junta já 5 Oscars e mais 38 nomeações, assim como 9 Grammys, 7 deles consecutivos. O que é que eu espero deste filme? Espero um filme cheio de ritmo que me mantenha agarrado ao ecrã do início ao fim, efeitos especiais muito bem conseguidos e se possivel um Tom Cruise e uma Dakota Fanning, no mínimo bastante bons.
Desta vez não se espera que a história criada por H.G. Wells em 1898 volte a criar o pânico nas ruas, mas esperasse que Spielberg consiga fazer esta história perdurar gerações futuras, criando mais um símbolo na nossa cultura.
Confesso que ainda não consegui perceber o que é que se passou, mas a verdade é que o radio está a funcionar de novo. Eu vou ver se reponho as músicas que não poderam ser ouvidas, no entretanto, é só carregar em ZAP!, como de costume, e apreciar.
Acabou de dar à pouco na RTP1 este filme e confesso que me surpreendeu, especialmente porque as minhas expectativas eram praticamente inexistentes.
Sendo este filme acerca dos mesmos assuntos que o Live 8 tinha como objectivo abordar, a minha ideia era que iria ser mais do mesmo, mas sem toda a espectacularidade do Live 8, e no formato de filme em vez de concerto. Não há dúvida que o principal objectivo de Richard Curtis, que escreveu e produziu este filme, sendo ele também um dos organizadores do Live 8, era mais uma vez explicar às pessoas o que se está a passar no mundo. Temos então um filme repleto de frases e ideias que temos vindo a ouvir ao longo destes últimos dias. Não ficam de fora factos como "A cada 3 segundos morre uma criança vítima de pobreza extrema" e o estalar de dedos a cada 3 segundos que é já como que uma imagem de marca desta campanha. Mas por outro lado Richard Curtis consegue, de uma forma muito clara, explicar o que é a cimeira G8 e todo o poder que nela está contido. No geral este filme toca em assuntos fundamentais da actualidade e quanto mais não seja deixa-nos a pensar acerca de questões políticas, mas também sociais.
Existe uma grande falta de ritmo ao longo da maior parte do filme, mas é compesado pela actuação de Bill Nighy, que cria uma personagem fantástica, que apesar de não ter muito jeito a lidar com pessoas tem uma presença fortíssima, e também de Kelly Mcdonald que faz um excelente par com Bill, e nós acabamos o filme com a sensação que a relação entre os dois é feita de emoções fortes e genuínas. Apesar da banda sonora não ser extensa, é sem dúvida muito bem escolhida e confere a certas cenas um carácter emotivo muito mais forte. Destaco Cold Water de Damien Rice.
Apesar de não termos a certeza, ficamos no fim com a sensação que nada muda no fim da cimeira. Esperemos que no final da verdadeira, a realizar entre 6 e 8 deste mês o resultado seja diferente.
E chega finalmente o grande dia. 20 anos depois Bob Geldof volta a organizar um dos maiores espectáculos da sempre, e mais uma vez com causas humanitárias.
A partir das 14 horas, entre a RTP1, RTP2 e RTPN, podemos ver este evento único que se vai passar em 10 cidades do mundo ao mesmo tempo e que calcula que possa chegar a ter um número de espectadores que chegue aos 5,5 mil milhões de pessoas, o que é quase toda a população mundial.
É impossível nomear todos, mas juntaram-se à causa nomes como U2, Sting, Pink Floyd, Paul McCartney, Madonna, Elton John, The Cure, Black Eyed Peas, Alicia Keys, Dave Matthews Band, Def Leppard, Marron 5, P Diddy e também a portuguesa Mariza.
É absolutamente imperdível. Eu tenho cá a impressão que entre hoje e amanhã só vou conhecer o percurso sala-quarto e quarto-sala, com eventuais paragens na cozinha e casa-de-banho.
Se quiserem saber mais sobre o evento, experimentem o site oficial do Live 8 , e para os horários de passagem na nossa televisão e radio podem ir até ao site da RTP.
Já adicionei os Tops 5 (para já só de cinema) e uma pequena agenda de concertos à barra lateral esquerda.
Os Tops não vão estar organizados por preferência, que isto de ter de escolher 5 já é dificil o suficiente. Para já o top de filmes de 2005 está organizado pela ordem do que eu vi mais recentemente para o que vi há mais tempo.
A lista de concertos não é suposto ser exaustiva e ter todos os concertos a realizar no pais. É apenas uma lista de espectáculos que eu gostava de ver, ou que mesmo não gostando em particular, ache que devem de alguma forma ser interessantes.
Flipsyde - We The People
House of D
E chega finalmente o grande dia. 20 anos depois Bob Geldof volta a organizar um dos maiores espectáculos da sempre, e mais uma vez com causas humanitárias.