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Abril

 

11 - Danko Jones - Paradise Garage

13 - Sapo Sound Bits - FIL Lisboa

21 - The Gift - Coliseu dos Recreios

21 e 22 - Luciano Pavarotti - Pavilhão Atlântico

27 - Rodrigo Leão - Auditório dos Oceanos

29 - Ana Carolina - Auditório dos Oceanos

29 - Kings of Convinience - Aula Magna

 

Maio

 

4 - Orishas + Da Weasel - Viseu

4 - Tom Zé - Culturgest

18 - Arctic Monkeys - Paradise Garage

25 e 26 - Festival SBSR XL - Parque Tejo

26 e 27 - Rock In Rio - Parque da Bela Vista

 

Junho

 

2 a 4 - Rock In Rio - Parque da Bela Vista

7 e 8 - Festival SBSR XL - Parque Tejo

 

Julho

 

7 - Bob Geldof + Waterboys - Pavilhão Atlântico

7 - Old Jerusalem - Culturgest

8 - Massive Attack - Lisboa

16 - Sigur Rós - Pavilhão Atlântico

20 - Pixies - Pavilhão Atlântico

20 a 23 - Festival Vilar de Mouros

22 - Deep Purple - Faro

28 - Depeche Mode - Alvalade XXI

 

Agosto

 

3 a 6 - Festival do Sudoeste

12 - Rolling Stones - Estádio do Dragão

14 a 17 - Festival Paredes de Coura

31 - Jorge Palma - Estoril

 

Setembro

 

1 a 3 - Festa do Avante

 

sexta-feira, novembro 04, 2005

A Alma Magna de Seu Jorge

 

No caminho para a Aula Magna ia a ouvir a emissão da Antena 3 no Pavilhão Atlântico, a cobrir os EMAs, e não conseguia deixar de imaginar o divertimento que aquilo deveria estar a ser, e de me interrogar se Seu Jorge iria mesmo compensar tal perda. Eu sabia que adorava as canções, mas para que um espectáculo ao vivo seja bom, tem sempre de ter algo mais do que o apresentar de músicas que podemos ouvir no conforto do nosso lar. Seu Jorge parece que me ouviu a pensar e respondeu-me da melhor forma possível, com emoções.

À partida a escolha é de um ambiente muito simples, com pouco mais do que os instrumentos em palco e quase sem efeitos de luz. Acompanhado por um baixista e 3 percursionistas que iam variando os seus instrumentos, desde a bateria e da pandeireta até ao cavaquinho, e pela sua guitarra. E é isto a totalidade do que ele precisa. Mistura línguas, mistura sonoridades, envolvendo tudo em sons brasileiros, dando um lugar privilegiado ao samba, e o resultado é uma música de tal forma universal que funciona em qualquer continente, desde a sala mais íntima à praça mais ampla, desdo ecrã até ao sambódromo. E porque? O que é que torna este espectáculo tão universal? Sem dúvida a alegria de quem tem prazer em tocar. Aqui o virtuosismo é posto de parte e mesmo os solos dos diferentes instrumentos são marcados, não pela excelência da avançada técnica que cada um possa possuir, mas sim pela paixão de cada nota que é tocada. As canções apesar de terem uma estrutura definida e à qual não fogem muito, dão ao mesmo tempo lugar a um constante improviso de tempos e contratempos, de notas mais acima ou abaixo e mesmo de gestos e de vozes que vão sendo inventados consoante aquilo que sentem dar uma maior carga emotiva ao espectáculo.

O público não podia então deixar de responder e assim que começam os acordes da segunda canção já mais de metade da audiência está de pé a sambar. A sala estava quase cheia mas as pessoas recusavam-se a ocupar as cadeiras. Os corredores enchiam de gente que queria dancar e que não se importava nada de passar de pé as cerca de 2 horas de concerto. E se por um lado o público não sabia de cor todas as letras das canções apresentadas, a vontade de participar unia todos nos coros onomatopeicos e nos acompanhamentos com palmas que ecoavam em perfeito uníssono, como se todos tivessemos uma extensa formação musical. Os coros de palmas eram de tal forma fortes e perfeitos que por breves instantes, Seu Jorge, decidiu mesmo parar todos os instrumentos para deixar ouvir apenas quem estava do lado de cá.

O concerto passou-se entre uma apresentação das suas canções, sempre um pouco alteradas, e uma modernização de um passado não muito antigo da música brasileira. Com samba, bossa-nova e até mesmo rap e reagge, e sempre com uma enorme humildade e com muitas conversas com o público que não se cansava de gritar elogios e de fazer pedidos.

A chegar ao fim, já depois de ter todo o público rendido a si, Seu Jorge, aproveitou uma quebra numa música, para, só com um ligeiro batuque de fundo, falar com o público naquilo que facilmente podia fugir para um discurso político, mas que foi muito mais do que isso, foi um discurso humano. Focando as atenções nas favelas, local onde ele e os seus músicos cresceram e de onde conseguiram sair, e estabelendo uma incrivel ligação com o público que ouviu cada palavra e no fim lhe deu uma ouvação de pé enquanto, por entre lágrimas que teimavam em querer fugir, Seu Jorge se despediu.

O encore, apesar de planeado, não foi oferecido. O público teve mesmo de pedir por ele durante largos minutos, mas lá aconteceu. De início mais íntimo do que até então, senta-se Seu Jorge sozinho em palco, só com a guitarra, e apresenta 3 músicas neste formato, naquele que foi o momento mais calmo da noite. Os restantes músicos aproveitaram para se sentar nas poltronas laterais, junto ao palco, que não estão preenchidas neste tipo de espectáculos, e apreciar também eles as canções apresentadas. Juntaram-se depois então para tocar uns temas mais mexidos, e assim terminar esta grande festa que invadiu a Aula Magna. Cumprimentaram o público que estava mais perto do palco e sambaram até fora deste, já sem música, mas ao som de um público claramente satisfeito.

Talvez só por uma noite mas o Jorge foi nosso, o público foi dele e a Aula Magna passou de 2000 indivíduos para um grupo de pessoas rendido às emoções de Seu Jorge.

 


 

3 Comments:

Blogger Biscoita...

Seu cão!!!
Se a inveja matasse, jazia eu agora aqui, mortinha, matada, morta da silva...
!

4:55 da tarde  

Anonymous Anónimo...

What a great site » »

7:05 da tarde  

Anonymous Anónimo...

Very nice site! » »

5:18 da manhã  

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