A Imagem de Um País
Antes de ir para o concerto houve um amigo que me disse que não compreendia o porquê das pessoas pagarem para ir ver Xutos, quando os podem ver à borla por todo o país, vezes sem conta! Mas qualquer fã lhe podia responder sem a mínima dúvida que estes concertos iam ser especiais. E assim o foram. 3 dias com Portugal a vir até ao Coliseu de Lisboa em peso. Dos mais jovem, que só agora foram apresentados à banda, até aos seus avós que já eram adultos quando eles apareceram. Cartazes, indicando a proveniência dos seus portadores, de diversos pontos do país, e bandeiras de Portugal com um X ao meio. Juntou-se naquela sala um país de fãs incondicionais, reconhecidos pelo Zé Pedro ao dizer que "qualquer banda no mundo gostava de ter um público como vocês".
Quanto ao 1º dia é-me um pouco dificil comentar, visto que não fui. Eu sei que foi uma grande falha, mas vou-me confortando com a quase certeza de que foi o dia mais "normal" dos 3. Com um alinhamento mais centrado no último álbum parece que o que fez a grande diferença, e quem já os viu ao vivo sabe do que falo, foi o público.
A 2º noite começa com DAPUNKSPORTIF, banda que já tinha aberto 2 concertos relativos ao 2º Desejo (2ª fase da tornée dos 3 Desejos). Mostraram estar à altura de tamanha responsabilidade, com qualidade musical e garra a tocar. Mas não é deles que me interessa falar. Se os Xutos tivessem de escolher um dos 3 dias para fazer um concerto de consagrassão este seria provavelmente o escolhido. Com um alinhamento muito mais baseado naquelas canções que se foram tornando hínos ao longo dos anos e que raramente podem ser deixadas de fora em qualquer digressão. Passou-se então sem ter momentos mortos e a partir da "Submissão" houve uma explosão de energia que durou durante 9 canções, até ao fim do alinhamento, só ligueiramente desacelerada pela saida de palco que teve pelo meio. Já durante os agradecimentos ao público, decidem que ainda vão tocar mais qualquer coisa. Segue-se então um "Homem do Leme" cantado na integra pelo público e "Circo de Feras". No fim era obvio que o Kalú não queria deixar o palco e ainda fingiu que ia tocar mais qualquer coisa, mas lá se apercebeu que tinha mesmo de acabar.
O 3º dia prometia logo à partida ser o mais interessante para os fãs que estão habituados a vê-los ao vivo. O alinhamento era composto na sua maioria por canções antigas, algumas das quais nem nunca tinham sido tocadas ao vivo pelo Cabeleira (guitarrista). Era como tal um alinhamento muito diferente daquilo a que estávamos habituados. Muito mais Rock e menos Pop mostrando que eles ainda não deixaram nem se esqueceram do que os juntou em primeiro lugar. Foi um acordar de monstros adormecidos. Monstros esses que cresceram de uma forma incrivel devido ao anos que passaram, à experiência e ao crescimento musical da banda e muito também por culpa do próprio Cabeleira que trouxe toda uma nova dimensão às canções. A meio do espectáculo o Tim diz que quer dedicar a próxima canção à primeira pessoa que a cantou. A canção era a "Casinha" e quando ele anuncia que Milú está presente na sala e os holofotes apontam para o camarim em que ela se encontrava acontece aquele que foi provavelmente o momento mais especial dos 3 dias. O público não parava de aplaudir uma Milú agora com quase 80 anos (mais de 60 anos depois) que não conseguia conter as lágrimas e a quem já faltavam as forças de tanta emoção. Cantaram então a "Casinha" enquanto nos ecrãs passava a cena do filme Costa do Castelo que a celebrizou. Já depois de terminarem o alinhamento o público aclama em coro pela "Maria" e eles lá decidem voltar para ainda tocar a "Maria" e "Circo de Feras". E quando se pensava já estar tudo acabado (havia inclusivamente quem já se tivesse ido embora a pensar que tinha acabado tudo) o Kalú decide aceder a um pedido de uns fãs que levaram todos os dias um cartaz a pedir a "Remar, Remar" e voltou então para a bateria, entretendo-se a fazer uns solos enquanto os outros se iam preparando para o que foi o fim de 3 dias mágicos.
De um dos lados uma banda que consegue tocar temas com mais de 20 anos sem que estes parecam mortos e sempre com a mesma alegria de os tocar, do outro um público que não aperece na esperança de ser satisfeito, mas sabendo que o vai ser. No fundo são um só. Sozinhos nenhum deles faz sentido, juntos são imagem de um país.
2 Comments:
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